sexta-feira, 29 de junho de 2012

"Incorporação"

Por Bàbálòrìsà Samir Castro Secretário Geral da Federação Luz e Verdade
Fonte do texto: Blog Èsù Akèsan

Quando falamos sobre Incorporação, muitas vezes nos esquecemos de que existe a manifestação inconsciente, que é aquela que se dá de forma plena, onde audição, visão, controle dos movimentos motores e todo controle, são totalmente perdidos. Existe a manifestação consciente, onde, de alguma forma, a pessoa pode estar ali ouvindo, sentindo o movimento do corpo, vendo, ou seja, ainda está ali presente durante a manifestação.
Muitas pessoas podem começar conscientes e com o passar do tempo vão se tornando inconscientes, chegando a um estado onde a entidade possui pleno controle, e isso só é possível através do desenvolvimento e do trabalho da própria mente através das orientações dadas pelos Zeladores, Zeladoras e Entidades da casa à qual se faz parte.
No início de minha caminhada espiritual, a primeira manifestação que tive foi do Sr. Zé Pilintra, no Rio de Janeiro, onde perdi totalmente o controle dos braços, das pernas, porém eu via e ouvia tudo ao meu redor. A primeira sensação que tive foi de desespero, me perguntava se eu estava louco, se isso era comum, perguntas e preocupações comuns quando se está iniciando.
Depois de um certo afastamento, devido a mágoas com pessoas da religião, quando retornei, a segunda manifestação que tive foi de um Caboclo, que até hoje não sei quem é, pois a sua energia é totalmente diferente dos guias com os quais trabalho, e nessa oportunidade o descontrole corpóreo foi pleno, não via, não ouvia e não sentia nada, apenas adormeci.
Durante o meu desenvolvimento, quantas e quantas vezes tanto na hora de manifestar quanto na hora do guia ir embora, eu rodava o salão inteirinho de forma descontrolada, quantas vezes eu escutei as pessoas conversando com meus guias e eu me perguntava: “será que eu estou ficando doido?”, “será que é coisa da minha cabeça o que eles estão falando?”. Com o passar do tempo aprendi a deixar minha mente livre de pensamentos, não pensando em absolutamente nada, deixando a minha mente vazia, e com o passar dos anos aquela consciência foi se afastando.
Cheguei a um ponto de total confiança que outros guias puderam se aproximar e manifestar. E assim estou cumprindo até hoje a minha missão espiritual com meus guias de Umbanda.
O que eu quero dizer é que esses medos e questionamentos são totalmente comuns. Além de ouvirmos nossos zeladores, devemos aprender a trabalhar a nós mesmos. Como se diz, “todo guia é bom, mas quem dá a condição melhor ou pior de comunicação é o médium”. E é isso mesmo, é um fato, é uma verdade, se nós não aprendermos a trabalhar a nossa mente, não teremos condições de cumprir nossa missão, pois quem está em evolução somos nós.
Com a confiança que vamos adquirindo com o passar dos anos, com o desenvolvimento e com o trabalho da mente, cada vez mais podemos dar condições as nossas entidades. Não sou melhor nem pior que ninguém, mas hoje tenho condições de ficar com meus guias “em terra” por horas, atendendo e auxiliando aqueles que nos procuram. O preparo do nosso corpo através dos banhos de ervas, a liberação da mente de pensamentos, a concentração, todos esses elementos, juntos, fazem com que, cada vez mais, sejamos bons filhos de fé.
Existem pessoas que são conscientes a vida inteira, que ouvem, que até veem o que o guia está fazendo; isso também é completamente natural, normal, pois, existem pessoas que não conseguem deixar a sua mente completamente livre. Porém, é importante lembrar que essa consciência que alguns possuem, não pode jamais interferir no atendimento espiritual e tudo isso está relacionado ao controle da mente.
Agradeço todos os dias por carregar em meu Orì (Cabeça) os Orixás Èsù (Exú), Ògún (Ogum), Ìyémojà (Iemanjá) e Òsún(Oxum), e agradeço todos os dias por ter a honra de trabalhar com os meus guias de Umbanda com muito amor e carinho. São eles: Sr. Zé Pilintra, Exú Veludo, Exú Macumba, Exú Sete Quedas, Exú Mirim Capetinha, Preto Velho Pai Mathias, Boiadeiro Genésio, Caboclo Lua Branca, Caboclo Lua Nova, Marinheiro Jandaia, Erê Odarinha e Criança Soldadinho. Tenho Orgulho e muito AMOR em poder servir ao Orixá e poder auxiliar ao próximo.
E esta palavra que deixei a vocês hoje, é para dizer que tudo na vida é uma eterna provação, principalmente na vida espiritual, e a primeira delas, é lidarmos com nossos erros, é errando que se aprende, é dando condições e não desistindo, que vamos longe.
Cada um de nós possui uma missão. Não desista da sua.

Samir Castro

Confiram também a segunda parte no blog Èsù Akèsan: Incorporação 2

quinta-feira, 28 de junho de 2012

"O Calor Do Tambor"




“O Calor do Tambor” Evento este realizado pela família Umbanda Popular Brasileira, no dia 24 de Junho, em prol de arrecadar agasalhos e aquecer os moradores de ruas na cidade de São Paulo, evento este voltado à caridade, e a humildade que a religião em si seja qual for a nação dentro dos princípios como ensina a religião nos agrega a cumprir, afinal está é a nossa missão, sejamos nós Umbandistas, Candomblecistas, etc... Longe de qualquer vaidade ou egocentrismo.
Aquele que abraça e acredita na sua fé, na sua religião realmente se dedica se predispõem a vestir a camisa, indo à luta, em defender não só seu idealismo como também se mostrar capaz de prosseguir e ir em frente contra tudo e contra todos que de alguma forma tentam nos colocar barreiras com seus pessimismos querendo nos tirar credibilidade pelo simples fato de achar que queremos apenas nos mostrar, quando na verdade o fato é: Temos fé! Acreditamos em uma vida social justa e limpa, em uma Religião digna longe de pessoas Hipócritas e puritanas, invejosas, que em vez de arregaçar as mangas e tentar ao menos fazer o mesmo em prol de ajudar uns aos outros ficam falando mal, criticando, colocando defeito.
Fico muito feliz em fazer parte da família Umbanda Popular Brasileira, pois na minha concepção, ela é o que venho visando sempre, que religião não esta só em seus cultos tradicionais, mais sim também na pratica do bem, em movimentarem-se em ajudar uns aos outros, em praticar a caridade, é fazer o bem da porta pra fora de seus templos, na intenção de levantar o nome da religião que de tão perseguida pelos intolerantes, ainda se definha por praticantes que nos envergonham com suas atitudes arrogantes, pessimista, intolerantes, e invejosas.
Parabéns a Umbanda Popular Brasileira, pela iniciativa, pela postura diante a religião, por mostrar-se como realmente é!
Parabéns Rogério Xoroque, pela frente de tudo, por sua garra e determinação, por sua coragem de enfrentar todas as barreiras, maledicências, e palavras mordazes nas quais nos julgam. Obrigado a todos que acreditam nesta união, que estão conosco para o que der e vier.

Parabéns a família Umbanda Popular Brasileira, Felippo De Oxaguiãn, Sandro Bernardes, Marcelo Navarro, Suellen Luz, Bruna Nogueira, Paulo Djembe, Jorge Fernandes, Michele Helena Mika, Julio César de Paula, e todos os demais QUE ESTIVERAM PRESENTES CONTRIBUINDO DE ALGUMA FORMA... Obrigado também a todos que apoiaram esta causa: A Federação Luz e verdade que ajudou na divulgação deste evento tendo como representante Bàbálòrìsà Samir Castro... Obrigados a todos que contribuíram, pois este evento nada foi do que algo voltado à caridade e amor ao próximo... Algo, além disso, na imaginação infértil de uns e outros não passam de pura e mera inveja daqueles que não sabem o mais singelo significado da palavra HUMILDADE!
Axé a todos os meus irmãos que estarão sempre conosco, levantando sempre esta Bandeira chamada CARIDADE!
Em fim axé a todos compartilharam conosco está festa de puro louvor e alegria: A.P.E.U. (ASSOCIAÇÃO DE PESQUISAS ESPIRITUAIS UBATUBA), Luci, Curimba Emoriô, Filhos do Axé, FEFE PERCUSSA, CIA. AXEL DE DANÇA, SANDRO MATTOS...

AS CASAS E POSTOS DE ARRECADAÇÃO

YORIMA
Av. Gal. Ataliba Leonel, 3301 - Santana

CIA. AXEL DE DANÇAS
Rua João Loprete , 53 Vila São jõao - Guarulhos

APEU
Rua Romildo Finozzi, 137 - Jardim Catarina - Zona Leste

CANTINHO DE TODOS NÓS
Av. Imirim, 3553 - Vila Nova Cachoeirinha

OCA DOS ORIXAS
Rua Piemonte da Diamantina nº 63 Sã Miguel Paulista

T.U.C.A. - TENDA DE UMBANDA CAMINHOS DE ARUANDA
Rua do Hipodromo, 1526 - Mooca

T.U. MÃE D'AGUA E CABOCLO PENA BRANCA
Rua Oliveira Catrambi, 685. - Jardim Vila Formosa

TEMPLO DE UMBANDA REVIVER CABOCLO TROVÃO E CIGANA ROSA 
Rua Inhamuns, 43 - Vila Prudente

CASA DA VÓ MARIA ROSA E POVO DO ORIENTE
Rua Andaraí, 910 – Vila Maria

TEMPLO LUZ DE OXALA E XANGO SETE PEDREIRAS
Rua Luizza Viezzer dos Fincos, 115, Bairro dos Fincos, Riacho Grande

I.U.F.U-IRMÃOS UNIDOS NA FORÇA E UNIÃO
TENDA DE UMBANDA CABOCLO ROMPEMATO
Travessa Serra Raiz n.º 29 - Parque Bristol

APOIO

YORIMA ARTIGOS RELIGIOSOS
PERSONAL CAMISETAS
JORNAL UMBANDA BRASIL

COLABORAÇÃO

RADIO RAIZES DE UMBANDA
RADIO VINHA DE LUZ
ARTEFOLK
FEDERAÇÃO LUZ E VERDADE
APEU

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Amo-te Singela Flor de Aruanda


 

Hoje me coloquei a pensar, e voltei no tempo, exatamente há 17 anos, quando eu conheci a Umbanda... Minha Religião, Minha amada e querida Umbanda. Graças a ela conheci o mundo espiritual, e conhecendo este mundo consegui ter uma visão ampla da vida, de forma que possamos ter entendimento para encarar todos os problemas materiais e espirituais que são contra nosso aperfeiçoamento. Agradeço a Deus, os Orixás, e todas as entidades por me ensinarem muitas coisas, e mesmo de alguma forma ou outra, eu só me permitir conseguir ver o que me convém devido a minha cegueira do egoísmo, eles sempre me guiaram pelo o caminho do bem e jamais desistiram de mim... Tenho muito a aprender, a evoluir... A Jornada é longa, a cada dia peço discernimento e sabedoria para sobressair a todas as dificuldades. E Já que relembrei tudo que deu inicio a minha caminhada, recordei-me de uma poesia que li no meu primeiro livro sobre a Religião, e em homenagem a está infinita bondade chamada Umbanda, quero compartilhar com todos Vocês:

Do Livro “Umbanda Perguntas & Respostas” de J. Edson Orphanake:
 
A UMBANDA

“Amo-te, singela flor de Aruanda.
 Límpida, meiga, sem deslizes,
 Essência divina és tu Umbanda,
 Ameno destino de infelizes.
 Tu és monturos, mas não dizes,
 Tudo que é ruim a Ti o mundo manda
 E limpas sem deixar cicatrizes
 Nem maldizer a parte nefanda.
 Vai, pescadoras de diamantes,
 Vai, pois, buscar fundo, distante,
 Opacos espíritos, quais ateus.
 Tua gloria vem de árduas lutas:
 Lapidas rudes almas, brutas,
 Mandando anjos para Deus.”

Axé!!!!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Mistificação na religião



 Conheci a Umbanda quando eu tinha 15 anos de idade. Confesso, eu morria de medo quando eu acompanhava meu irmão aos trabalhos, eu ficava acuada, na assistência, implorando a Deus que nenhum espirito incorporado me chamasse nem para um passe. Tudo era novo para mim. Aos poucos fui me encantando, e os atabaques se tornaram a minha grande paixão. Em casa eu treinava na mesa, e quando comecei a pegar uns toques decidi que queria entrar para o terreiro, mas ainda tinha muito medo, não queria de forma alguma ser médium girante, eu ainda não tinha me acostumado com a ideia de estar em contato direto com espirito. Por fim, o tempo passou, e lá eu estava na gira.
Despertei não só amor pela religião, mas como eu era iniciante, era cheia de duvidas e curiosidade, procurava sempre ler, entender a espiritualidade, os espíritos... Li “O livro dos médiuns”, “Livro dos Espíritos” de Allan Kardec... Sobre a Umbanda, o primeiro livro que li foi “Umbanda Perguntas e Respostas” de J. Edson Orphanake.
 Hoje trarei aqui um caso pitoresco extraído deste livro para dar inicio ao tema “MISTIFICAÇÃO”... No inicio da minha caminhada eu tinha medo dos espíritos, agora o que me assusta são os mistificadores, esses sim são perigosos e denigrem a nossa religião.
Do livro “Umbanda Perguntas e Respostas” de J. Edson Orphanake:
 “Os médiuns acharam por bem fazer uma festa de Exus e ficou combinado que todos trariam bebidas e comestíveis, No dia marcado cada um trouxe alguma coisa: bolinhos Farofa, carne, outras comidas e até uma pizza, além da farta variedades de bebidas, tudo em abundancia. Aberta a sessão, desceram os exus e foi aquela festa! Todos conversaram, riram, comeram e beberam à vontade. A certa altura, já de barriga cheia, todos descansavam sentados nos bancos. Aí, um deles, não se sabe por qual motivo, pegou um litro de álcool e duas garrafas de cachaça, misturou-os, derramando o conteúdo numa bacia, virou-a e esparramou o liquido no chão cimentado do terreiro, escorrendo para baixo dos bancos, e, ato continuo, apanhou uma vela acesa, pôs fogo. Em seguida berrou: “Lá vai fogo. Salve-se quem puder!”O fogo invadiu o centro do salão e entrava por baixo dos bancos”. Ah! Foi um corre-corre geral. Dois ou três Exus correram para a porta e disputaram a maçaneta aos empurrões; alguns desembestaram para o corredor e outros se cotovelaram num canto, fugindo das labaredas. Reboliço geral, até que o fogo se apagou sem maiores consequências, a não ser o pavor das “entidades”... Imagine você, Exús correndo com medo... Claro, a conclusão a que se chega, é que não existia nenhum Exú ali incorporado e o pânico foi causado pelos “Mediuns” os quais, eles sim, apavoravam-se com medo do fogo... A Umbanda é seria honesta e autêntica, todos sabem, mas não está livre de manifestações, muitas das quais só se descobre pregando alguma peça como a que foi descrita.
Bom. Além dos intolerantes religiosos não estamos livre de pessoas da mesma religião que de uma forma ou de outra a denigrem... Agora nos resta saber de quem é a culpa: dos médiuns ou dos seus orientadores..."

Eu particularmente já estive presente em determinados lugares que mais pareciam tribunais de contas, aonde “entidades” vinham como advogados de seus respectivos “cavalos.” É tipo assim: se eu falando não tenho credibilidade quem sabe a minha entidade venha ter. Usar a suposta “entidade” para determinar regras, ordens para os “tolos” seguirem, ou argumentos para que acreditassem neles. Misturam o particular com o espiritual... Complicado...
Pressão, regras, disciplinas infundadas... Verdadeiro caos... Absurdos atrás de absurdos... Um vai e vem de imposições e no fundo vira uma bagunça... Uma “mistureba” onde nem “entidade” (supostamente falando), nem médium são levados em conta com tanta palhaçada. Quer saber o resultado? Simples: Mistificação! O único meio de tentar resolver a alienação no qual se colocaram. Tentam corrigir erros, sobressair para dar continuidade ao seu egocentrismo conscientemente ou não...
E sem esse papo de Eguns, Espíritos zombeteiros que se passam por entidades de luz... Estou falando de “marmoteiros” ou simplesmente médiuns mal evoluídos em sua espiritualidade ou que não se permitem evoluir em sua mediunidade e usam “entidades” para tomarem as dores dos outros, ou se defenderem seja lá do que for.
Não falo de todos, não generalizando, mas muitos carregam o Orixá na barriga em vez da cabeça ou coração. Será tão difícil separar particularidades da espiritualidade? Eu já vi até mãe de santo proibir ex-médiuns de frequentar seu terreiro por problemas particulares com consentimento dos seus guias... Será mesmo este um lugar de caridade? Fico imaginando, se um médico depois do seu juramento na profissão que decidiu seguir, se recusar salvar a vida de um assassino, estuprador; etc.; Eu acho que, quem não tem a capacidade de assumir uma missão espiritual não deveria se atrever, ou já que se atreve deveria ao menos tentar evoluir em suas aprovações...
Já ouvi muito falarem “O médiun no seu consciente interfere na linguagem da entidade” É quem sabe... Pode ser... Sendo assim, Volte ao desenvolvimento, converse com seu sacerdote espiritual, se o mesmo lhe disser a mesma coisa sobre a sua influencia sobre a entidade e achar isso normal... Procure outra orientação... Não é normal quando se é bem instruído, e bem explicado como se deve ser a espiritualidade... Cabe também ao bom aluno aprender a lição de casa, se entregar aos ensinamentos, se instruir e trabalhar melhor a sua evolução a qual sua missão lhe foi incumbido espiritualmente falando (seja médium de incorporação consciente ou não), já que aceitou e tomou consciência disso. Se bem que o médium também é culpado, mas não vamos eximir da culpa o lugar onde ele foi iniciado ou deu continuidade. O mestre também faz a diferença!
Ás vezes os próprios orientadores alimentam em seus filhos a vaidade, os elevando a um grau espiritual além do que eles ainda alcançaram, alimentando assim seus egos, os fazendo acreditar que estão em uma escala maior. Talvez ai esteja o agravante, onde se dá o termo: “O Médium influencia a entidade.” Não! Não! “O médium usam a “entidade” de forma errônea dentro de sua vaidade para se comunicar, para ter credibilidade, já que eles “médiuns” não passam de falsos PURITANOS ou mal instruídos, ou iludidos pela falsa ideia que já chegaram ao supremo ou por que os colocam em um pedestal imaginário por simples bajulação ou interesse maior... Por qual motivo? Sabe-se Deus! Só os próprios para dizerem! Quem sou eu para falar tudo isso??? Ninguém além de uma pessoa que estará sempre em eterna evolução, e que não nega meus erros, minhas falha, e não me envergonho de assumir isso, pelo contrário, assumo, não uso mascara de boa samaritana, nem de profeta ou sábia como muitos me titulam ironicamente só por que expresso o que eu penso e sinto. Busco a cada dia me aprimorar espiritualmente, pois a matéria se acaba, mas o espirito não! Estou em busca  constante de evoluir espiritualmente, não é fácil, ainda mais vivendo em um mundo material e mesquinho rodeada de pessoas como eu: HUMANO e não SANTOS.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

RELIGIÃO: Fé, Alienação, politica ou modismo?


Não quero e não pretendo fazer comparações entre religiões, mas todos nós sabemos o que Catolicismo sempre imperou. Nada contra a Bíblia, mas desde o antigo testamento até o Novo, não há nenhum relato Bíblico da CRIAÇÃO DA LEI DA INQUISIÇÃO. Por quê? Ahhh!! Por que um dos mandamentos da lei de Deus diz: “Não matarás”. Sendo assim não há como a igreja católica explicar como exemplo “As Caça as Bruxas” onde mulheres eram julgadas a pena de morte, queimadas viva, só por que consideravam bruxaria todas as práticas que envolviam a cura através de chás ou remédios feitos de ervas ou outras substâncias. A intolerância religiosa existe mesmo antes de Cristo, onde qualquer um que fosse contra a doutrina Cristã era condenado pelo tribunal da Inquisição ou as leis aplicadas a aquela época.
Este movimento atraia interesses políticos. Na Espanha no século XV se aproveitavam desta força para perseguir os nobres, principalmente os Judeus, matando-os e tomando assim os seus bens!
Hoje em dia pouco se fala sobre a Inquisição, mas há registros históricos dos fatos. Quando comentado o assunto, diz-se que o povo era o grande responsável pela a maioria das execuções, em minha opinião isso é querer se eximir da culpa. E assim foram 500 anos de acusações e mortes. Triste, não? Politicamente falando quando se questiona sobre o assunto me vem à lembrança a famosa frase do Lula referente ao mensalão: “Não sei de nada”; “Não vi nada”. Quem é que quer dar a cara para bater, não é mesmo?
Temos também as igrejas Evangélicas: Os “Famosos Protestantes”. Providos da certeza absoluta que somente seus seguidores serão salvos ao reino do céu, e não aqueles de qualquer outra Religião, crenças voltadas ao sincretismo ou outra doutrina contrarias as deles, onde em seus cultos, nos quais confesso já participei, parece fazer o exorcismo para abolir o capeta daqueles que vem das religiões denominadas por eles de “Adoradores do diabo”.
O Protestantismo, juntamente com a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa, é uma das três maiores divisões do cristianismo. Este movimento iniciou-se na Europa Central no início do século XV como uma reação contra as doutrinas e práticas do catolicismo romano medieval.
Em fim, se formos detalhar uma por uma, seria assunto que não acaba mais...
Segundo o evangelho segundo o espiritismo, o livro dos espíritos, o livro dos médiuns por Allan Kardec e outras mais como, Obras de Robson Pinheiro: Legião, Aruanda, Tambores de Angola; Teologia, Obras de André Luiz por Chico Xavier; O céu e o Inferno de Allan Kardec; Iniciação a Umbanda; Umbanda Sagrada... A igreja Evangélica seria a religião que nunca salva ninguém, só tenta ajudar a educação do espírito... Isso é uma coisa tão simples mais que poucas pessoas entendem... Acho que nem todos os “druidas” foram para o tal inferno... Druidas? Isso mesmo! “Druidas”, “Hereges” seriam as formas que nos titulariam anos, ou séculos atrás, mas como tudo andam se modernizando somos conhecidos como “Macumbeiros”, “Adoradores do Diabo”, “Feiticeiros”, “Demoníacos”.
A Religião-Afro-brasileira o que dizer dela? Bom... Em pesquisa diria que são consideradas religiões afro-brasileiras, todas as religiões que tiveram origem nas Religiões tradicionais africanas, que foram trazidas para o Brasil pelos negros africanos, na condição de escravos. Ou religiões que absorveram ou adotaram costumes e rituais africanos.
Umbanda seria na Wikipédia “uma religião formada dentro da cultura religiosa brasileira que sincretiza vários elementos, inclusive de outras religiões como o catolicismo, o espiritismo, as religiões afro-brasileiras e a religiosidade indígena”. “A palavra umbanda deriva de m’banda, que em quimbundo significa “sacerdote” ou “curandeiro” (macumba)”. Lá as informações expostas busca informar aos leitores da forma mais abrangente possível e sem discriminação ou preconceitos, pois todas as "Umbandas" têm suas razões de existir e de serem cultuadas. Dentro do que venho observado e acompanhado as opiniões de seus seguidores cada um tem a sua forma de cultua-la, e isso é FATO!
“Segundo os umbandistas, ou melhor, segundo a história de sua origem, ela foi criada em 1908 pelo Médium Zélio Fernandino de Moraes, sob a influência do Caboclo das Sete Encruzilhadas”.
O Candomblé também em pesquisa na Wikipédia teria a seguinte informação: “uma religião derivada do animismo africano, onde se cultuam os Orixás, Voduns, Nkisis dependendo da nação”. Sendo de origem totêmica e familiar, é uma das religiões afro-brasileiras praticadas principalmente no Brasil, pelo chamado povo do santo (...). Cada nação africana tem como base o culto a um único orixá. A junção dos cultos é um fenômeno brasileiro em decorrência da importação de escravos onde, agrupados nas senzalas nomeavam um zelador de santo também conhecido como babalorixá no caso dos homens e iyalorixá no caso das mulheres”.
Bom... Com concordâncias ou não, com pouco ou nada de informação dei inicio ao texto, verdade ou não, não caberá a eu responder, o pouco que aqui relatei foi baseado em pesquisas e opiniões sobre o que penso a respeito... Cada um com seus conhecimentos, experiências ou fontes de aprendizados poderá tirar suas próprias conclusões dentro daquilo que aprendeu.  Minha intenção não é debater conhecimentos, e sim expor o que penso referente ao que se trata a fé, modismo, alienação ou politicagem em que hoje colocam as religiões Afro-brasileiras.
Comparando ao passado, dentro do espaço onde hoje executamos nossas crenças, os cultos aos nossos ancestrais estão bem evoluídos hipocritamente falando.
A realidade não mudou! Nunca mudou! Apesar de conquistarmos pequenos espaços na sociedade, não queiramos nos iludir... Tudo isso não passa de politicagem ou modismo. Tudo que está na moda da IBOPE, e religião hoje em dia está na moda. Infelizmente existem aqueles que se corrompe que vendem sua imagem usando a Religião em beneficio próprio usando seus conhecimentos para deslumbrar a fé humana. E aqueles que se deixam levar por falsas promessas e ilusões não passam de alienados.
“DE FUNDO DE QUINTAL PARA O ESTRELATO”. Lindos slogans não acham? Ironia, não? Mas infelizmente está sendo assim... Antigamente a quem recordar nossa religião não passava de “seitas demoníacas”, éramos taxados de “macumbeiros de fundo de quintal”, “Bandos de adoradores do diabo”, se fosse à época de Inquisição, seriamos queimados vivos, se bem que a realidade hoje não é muito diferente, mas, quase a mesma coisa só que de uma forma mais mascarada, globalizada, e para garantir a absolvição criaram leis a nosso favor, mas, no entanto muitos são aqueles que usam isso para se promoverem ou ganharem força em beneficio próprio lutando em prol da causa. (Salvo algumas exceções, mas são raros).
Eu me convenci de tanto ouvir que “temos que primeiro nos organizar, organizar a casa antes de tentar organizar e mudar a realidade que nos cerca!”. Resumindo: De nada adiantara colocar ou escolher alguém para estar no poder, sem antes nos organizar ou colocar ordem entre nós das Religiões Afro-brasileiras, afinal das contas somos intolerantes entre nós, nunca chegando de forma coerente e sensata a um conceito. Admitem! É só olhar para o próprio ego e verá que tenho razão! Infelizmente é assim: O EGO fala mais alto.
As religiões Umbanda e Candomblé não tem bíblia, como as demais religiões que seguem uma doutrina “Padronizada” como mandam os seus ensinamentos, mas, no entanto deveríamos respeitar uns aos outros dentro daquilo que acreditamos conforme seus fundamentos, e isso na realidade não acontecem! Infelizmente não!
Nosso progresso talvez esteja em assumirmos quem realmente somos, em vestir a “camisa” e ir à luta, sem medo, sem vergonha... Adquirindo respeito pela ética, pela causa justa e verdadeira, sem em nenhum momento fazer da religião um êxtase momentânea só por que muitos a colocam como modismo. Por que falo isso? Bom, por que já estive presente em determinadas situações onde ouvir membros e não membros da nossa religião dizer: “Vamos investir por que Umbanda e Candomblé estão na moda”. Isso me fez crer que além de interesses políticos para auto se promoverem querem fazer da religião Afro-brasileira um sistema capitalista.
Não vamos deixar a nossa religião perder a sua essência, seus verdadeiros valores, e fundamentos, fundamentos e origens esses que nos emocionam, nos tiram lagrimas de emoção, não deixamos de lado nossas raízes, nossos verdadeiros propósitos dentro da nossa fé, naquilo que realmente acreditamos... Não vamos nos perder pela vaidade, pelo egocentrismo. Lutemos pelo nosso idealismo, mas dentro das nossas verdadeiras origens, e a que se originou a nossa Religião. Sejamos justo com nós mesmo e com a nossa religião antes de qualquer iniciativa. Vamos nos preparar, analisar, nos consertar, nos conscientizar...
Tem um ponto cantado de Preto Velho que diz: “Vovó não quer casca de coco no terreiro, para não lembrar os tempos de cativeiro...”. Sendo assim, vamos nos libertar sem fazer parte de um sistema capitalista, egocêntrico, cheio de vaidades e interesses próprios... Vamos agir pela fé, pelo amor a religião, pela causa justa. Simplesmente pela causa chamada fé e amor à religião.
Vamos limpar a nossa casa, mantê-la sempre limpa antes de querer limpar o mundo!
Religião nos traz sapiência e não alienação. Pense nisso!
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